Brasília, 55 anos, cidade em construção – faixa de pedestres

Elas estão em diferentes pontos da cidade e facilitam a travessia de quem caminha pelas ruas de Brasília. Apesar de estar presente em todas as cidades do país, a faixa de pedestres ganhou um novo status na capital federal quando, há 18 anos, uma intensa campanha começou a mudar o comportamento do brasiliense no trânsito.




“Houve uma mobilização de massa com vários órgãos governamentais e não governamentais para que a sociedade começasse a respeitar as leis e principalmente o uso das faixas”, explica a diretora de educação de trânsito do Detran-DF, Gláucia Simões.

Para garantir que Brasília continue ocupando um lugar de destaque e seja vista como exemplo para outras cidades, Gláucia aposta no investimento em educação. “A gente precisa manter esse tipo de campanha e de ações educativas para que a gente não perca esse referencial.”

As crianças, segundo ela, são parte importante desse processo. “A criança, além de aprender a como se portar no trânsito, também cobra dos pais um comportamento adequado”, explica. Para este ano, as campanhas nas escolas já começaram e a ideia é que sejam ampliadas.

Reportagem: Ana Cristina Campos e Michelle Canes
Fotos: Agência Brasil
Edição: Lílian Beraldo
Desenvolvimento: Pedro Ivo de Oliveira

***

Leia mais:

Brasília, 55 anos, cidade em construção – esplanada dos ministérios

Localizada no Eixo Monumental, a Esplanada dos Ministérios é um dos locais mais conhecidos de Brasília. Para além do burburinho dos dias de semana e das decisões tomadas no centro político do país, a Esplanada se transforma nos finais de semana e abriga um outro público, formado por turistas, moradores que andam de bicicleta, além de esportistas.

Nas tardes de sábado e domingo, jogadores de futebol americano reúnem-se no extenso gramado em frente ao Congresso Nacional para praticar o esporte.

A desenvolvedora de software Raquel Araújo, 29 anos, presidente da Associação de Futebol Americano Brasília Alligators, conta que os times masculino, feminino e juvenil precisavam de um gramado com boa qualidade que comportasse até 50 pessoas por jogo. “O time é nossa família e a Esplanada é a nossa casa.”

Segundo ela, os jogadores sentem falta de uma estrutura como banheiros químicos e pontos de venda de água. “A gente já se adaptou a essa falta de estrutura, mas os turistas sofrem mais.”

Reportagem: Ana Cristina Campos e Michelle Canes
Fotos: Agência Brasil
Edição: Lílian Beraldo
Desenvolvimento: Pedro Ivo de Oliveira

Brasília, 55 anos, cidade em construção – dom bosco

Em 1833, Dom Bosco teve um sonho sobre uma região de riquezas entre os paralelos 15° e 20°. Durante a construção da cidade, surgiu a crença de que a profecia se tratava da capital brasileira. Por isso, a homenagem ao santo que, anos depois, se tornou o segundo padroeiro da cidade, ao lado de Nossa Senhora Aparecida.

A Ermida Dom Bosco foi inaugurada em 1957 e foi o primeiro templo construído em Brasília, à beira do Lago Paranoá. A pequena construção fica em um ponto por onde passa o paralelo 15.

Em 1980, o então papa João Paulo II esteve em Brasília para abençoar uma estátua de Dom Bosco. Durante o discurso, o pontífice relembrou a relação entre o santo e a capital brasileira marcada pelo sonho.

Reportagem: Ana Cristina Campos e Michelle Canes
Fotos: Agência Brasil
Edição: Lílian Beraldo
Desenvolvimento: Pedro Ivo de Oliveira

Brasília, 55 anos, cidade em construção – cobogó

Constituído de uma parede ou um trecho de parede feita em bloco vazados, o cobogó é uma estrutura comum nos prédios residenciais de Brasília. No lugar de tijolos, emprega-se cerâmica, cimento ou concreto. O nome cobogó é formado pelas iniciais de seus criadores: Amadeu Oliveira Coimbra (Co), Ernest August Boeckmann (Bo) e Antônio de Góis (Go), de Pernambuco.

“Demorei a entender o que era cobogó, demorei inclusive a gostar porque, para mim, era só um furinho na parede. Brasília é um enigma que, à medida que você tenta decifrar, e vai decifrando, você vai se apaixonando. O cobogó foi uma das formas que me fez descobrir os encantos de Brasília”, conta a jornalista amazonense Conceição Freitas, há 30 anos na capital.




Segundo ela, o cobogó é uma versão moderna de uma técnica árabe de ventilação, feita em madeira. “Eles atualizaram com concreto para trazer ventilação e, ao mesmo tempo, dar privacidade para quem está do lado de dentro. E acaba funcionando esteticamente. O cobogó está na moda.”

Reportagem: Ana Cristina Campos e Michelle Canes
Fotos: Agência Brasil
Edição: Lílian Beraldo
Desenvolvimento: Pedro Ivo de Oliveira

Leia também:

***

Siga-me nas redes sociais:
Instagram 

Assine grátis por email

Brasília, 55 anos, cidade em construção – Blocos

Criar bairros que favorecessem os laços entre as pessoas. Essa era a intenção do urbanista Lucio Costa ao criar, em Brasília, os blocos, prédios não muito altos e com o térreo livre, sobre pilotis.


O intuito era que esses espaços abertos permitissem, por exemplo, que as crianças brincassem próximas dos prédios e dos pais.

Aos 42 anos, o gestor de Tecnologia da Informação Pedro Bamberg conta que teve uma infância muito livre “debaixo do bloco”. Nascido no Rio de Janeiro, ele veio para Brasília em 1979 quando o pai, funcionário público, foi transferido para a capital federal. Ele conta que morou no mesmo prédio na Asa Norte por toda juventude.

“Descer para brincar debaixo do bloco é algo muito brasiliense. Tenho grandes amigos, até hoje, que conheci embaixo do bloco”, recorda Bamberg contabilizando uma turma de cerca de 20 amigos vindos de prédios vizinhos. “Hoje, muita coisa mudou. Com a insegurança urbana e a tecnologia, as crianças estão mais dentro de casa”, lamenta.

Reportagem: Ana Cristina Campos e Michelle Canes
Fotos: Agência Brasil
Edição: Lílian Beraldo
Desenvolvimento: Pedro Ivo de Oliveira

Exit mobile version