Foi uma grande surpresa para mim, depois de tanto alarde por parte dos políticos e tanta expectativa da população sobre o que viria na dita reforma política.
Fim da reeleição. Aleluia! Mas … é só para presidente, governadores e prefeito!
Êpa, Isso é uma piada, como quase tudo neste país. E por que não colocaram também o fim da reeleição para deputados e senadores? Eles são os principais responsáveis por tudo de ruim e de bom que acontece no Brasil. E o de ruim é o que mais acontece.
Por que os deputados e senadores podem se perpetuar no poder e os outros – presidente, governadores e prefeitos, não podem? É assim que todos os brasileiros são iguais perante a lei, conforme diz a tal Constituição? A explicação é óbvia. Deputados e senadores não iriam tirar a reeleição deles mesmos. A final, ou zé mané, quem decide somos nós!
Outra grande sacanagem é continuar o favorecimento do poder econômico às campanhas. Claro que não vão mais dar dinheiro para este ou aquele deputado ou senador e sim ao partido que os inocentes fazem parte. Ôpa! Isso é bom! – alguns podem dizer.
Mas pensem. Será se um empresário, tadinho, que é sacrificado com impostos e buRRcracia iria dar dinheiro para um partido político de graça? Me engana que eu gosto, diria alguns. Claro que não! Como dizia São Francisco de Assis: é dando que se recebe.
Os empresários vão querer algo em troca. E se antes contavam apenas com o apoio do deputado ou senador que financiaram, agora poderão contar com um partido inteiro. Isso mesmo! Sou empresário e vou financiar o partido A, em troca quero que defendam meus interesses. O povo que se lasque! E se eles não defenderem meus interesses, na próxima eleição vão achar dinheiro no inferno! Vou financiar outro partido.
Não precisa nem ser muito inteligente para pensar que é assim que acontecerá na mentalidade empresarial antes de entregar seu valoroso dinheiro a partidos políticos.
Fim do voto obrigatório
O que mais me admirou, pelo menos é assim até agora, é que a vontade esmagadora da população brasileira ainda não foi ouvida no quesito voto obrigatório. É um absurdo que os brasileiros sejam FORÇADOS a irem votar no candidato que os partidos escolhem. Digo forçados, porque se você não votar, oh cidadão e cidadã brasileira, TAMBÉM não poderá:
- inscrever-se em concurso ou prova para cargo ou função pública, investir-se ou empossar-se neles;
- receber vencimentos, remuneração, salário ou proventos de função ou emprego público, autárquico ou para estatal, bem como de fundações governamentais, empresas, institutos e sociedades de qualquer natureza, mantidas ou subvencionadas pelo governo ou que exerçam serviço público delegado, correspondentes ao segundo mês subsequente ao da eleição;
- obter passaporte ou carteira de identidade;
- renovar matrícula em estabelecimentos de ensino oficial ou fiscalizado pelo governo;
Tudo isso e muito mais.
É preciso URGENTEMENTE acabar com o voto obrigatório. Isso forçará os políticos a se reciclarem (sei que esta palavra cabe a lixo). Claro que nem todos políticos, pois existem as exceções, os políticos sérios.
O certo é que é uma tremenda sacanagem os políticos brasileiros obrigarem os cidadãos a ir votar. Que democracia é esta que força, sob ameaça.
Até agora, pelo que sei, também não aprovaram ainda a redução do número de partidos políticos. São tantos, comendo dinheiro dos nossos impostos que chega a assustar. Tais partidos servem mais para negociações, durante o processo eleitoral. Vendem horários na TV e rádio e assim faturam uns trocadinhos extras.
A sacanagem do horário político obrigatório
Horário político obrigatório! Meu Deus, isso deveria ser apenas no mês da eleição. Imagine você está em sua casa assistindo televisão (pagando energia por isso e outras coisas a mais) e de repente um partido político invade sua casa e começa a mostrar que é bom, que defende os direitos do trabalhador, que tem propostas tais e tais, blá, blá, bla … vão para o raio que os parta!
E desdigo. Se querem deixar horário político, então que sejam democráticos. Deem também espaço para as prostitutas, gays, lésbicas, garis, escritores, academias de letras, líderes de associações de bairro, sindicalistas e o escambau, aos movimentos sociais a favor e contra o governo. Todos tem o direito de mostrarem o que pensam.
Acho um tremendo desrespeito a exclusividade para partidos políticos.
Plebiscito
Plebiscito seria a forma mais democrática. Ouvir o que o povo pensa sobre temas polêmicos. Isso sim, seria um grande passo. A Constituição deveria estabelecer pelo menos cinco deles, casso necessário, durante um mandato parlamentar ou presidencial. Os deputados e senadores sabem que seria bom, mas por que não incluem na reforma?
Por meio de plebiscito se poderia, por exemplo, saber o que o povo pensa sobre temas polêmicos como:
Pena de morte
Redução da maioridade penal
Casamento gay
Aborto
Eleição para juízes do Supremo Tribunal Federal
Redução do número de deputados, senadores e vereadores
Direito ao cidadão para usar arma e se defender em sua casa, em caso de ataque de bandidos, sem incorrer no risco de ser processado.
Etc, etc, etc.
Voto distrital
Enfim, “esqueceram” do voto distrital. Isso sim, mereceria aplausos.
Os estados já estão divididos por regiões ou territórios. Deveriam colocar o voto distrital ou seja, cada deputado seria eleito nos seus distritos ou regiões. Assim as pessoas saberiam se eles trabalharam em favor do distrito onde foram eleitos ou se agem como parasitas.
Quem é o doutor Zero?
Talvez seja por isso que tenho ouvido tanta gente dizer que vai votar no DOUTOR ZERO. Não faça isso, digo eu. Mas eles dizem: vou apertar no zero e quando sair a mensagem: “este voto não existe” vou confirmar. Digo de novo: não façam isso.
Mudem, senhores políticos. Parem de enganar! Tem muita gente esperta neste país que está de olho em vocês! Juízo.