Brasília, 55 anos, cidade em construção – Juscelino Kubitschek

Em 19 de setembro de 1956, o presidente Juscelino Kubitschek sancionou a Lei nº 2.874, que fixava os limites do futuro Distrito Federal e autorizava o governo a instituir a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap).

No dia 2 de outubro do mesmo ano, acompanhado de pequena comitiva, JK embarcou para o Planalto Central para conhecer o local estipulado para a construção de Brasília. Poucos dias depois dessa viagem, foi estabelecido o prazo de três anos e dez meses para a construção da nova capital, inaugurada em 21 de abril de 1960. Cerca de 60 mil candangos (trabalhadores de todo o país) vieram para trabalhar na construção da nova capital.




Para o professor do departamento de história da Universidade de Brasília Celso Silva Fonseca, JK tinha uma personalidade empreendedora o que contribuiu para a construção de Brasília em tempo recorde. “Ele pensava [de forma] macro, em uma perspectiva de média duração e era bem articulado politicamente.”

Brasília, 55 anos, cidade em construção – Igrejinha Nossa Senhora de Fátima

A Igrejinha Nossa Senhora de Fátima foi a primeira capela de alvenaria inaugurada em Brasília, em 1958. Projetada por Oscar Niemeyer, foi a primeira obra na capital a contar com azulejos do artista Athos Bulcão – que revestem as paredes externas.

Construída em cem dias, foi erguida para pagar uma promessa da primeira-dama Sarah Kubitschek, feita pela cura de uma de suas filhas. A capela tem o formato de um chapéu de freira.


A jornalista Bruna Presmic, 32 anos, conta que realizou um sonho ao se casar na Igrejinha em maio do ano passado. Ela estudou na Escola Classe 308 Sul, que fica atrás da capela, e morou naquela região quando pequena.

“Sempre tive vontade de casar em um ponto turístico e queria que a igreja fosse pequena, intimista e bem colorida. As fotos do casamento ficaram maravilhosas. Além de ser linda, é a igreja mais presente na minha infância.”

Reportagem: Ana Cristina Campos e Michelle Canes
Fotos: Agência Brasil
Edição: Lílian Beraldo
Desenvolvimento: Pedro Ivo de Oliveira

Brasília, 55 anos, cidade em construção – Hotel Palace

Projetado por Oscar Niemeyer e com painéis do artista plástico Athos Bulcão, o Brasília Palace Hotel foi fundado em 1958 pelo presidente Juscelino Kubitschek.

Foi o primeiro hotel da capital federal e hospedou, segundo o governo do Distrito Federal, personalidades ilustres como a Rainha Elizabeth II da Inglaterra, o guerrilheiro Che Guevara e a ex-primeira-ministra da Índia Indira Gandhi. Foi fechado após um incêndio em 1978.

Por vários anos, o esqueleto do prédio às margens do Lago Paranoá chamou a atenção dos brasilienses. Depois de restaurado e recuperado, voltou a funcionar em 2006.




“O que me encanta no hotel é que é a primeira obra de estrutura metálica feita em Brasília que, logo em seguida, foi usada para fazer os ministérios. Era uma época em que o Brasil não usava estrutura metálica em suas obras. É um projeto moderno, tem Athos Bulcão, um jardim maravilhoso que dá para o lago [Paranoá]. É de uma elegância concisa”, destaca a jornalista Conceição Freitas.

Reportagem: Ana Cristina Campos e Michelle Canes
Fotos: Agência Brasil
Edição: Lílian Beraldo
Desenvolvimento: Pedro Ivo de Oliveira

Brasília, 55 anos, cidade em construção – Gírias

“Mó legal”, para dizer que algo é muito legal, “pardal”, para se referir ao radar de trânsito e “bloco”, para um edifício.

Se você é de Brasília ou vive aqui, deve ter essas expressões no seu vocabulário. Não é possível dizer que elas nasceram aqui ou que são exclusivas da capital, mas já fazem parte do modo de falar dos brasilienses. O jornalista baiano Marcelo Torres ficou tão curioso com as palavras usadas na cidade que escreveu um livro sobre o tema.

“Tem o ‘xô te falar’ [deixa eu te falar], ‘xô te perguntar’. Outra coisa difundida entre os adolescentes é o ‘tipo assim’ [do tipo], o ‘véi’ [forma de tratamento entre amigos], e o ‘mó’. Esse ‘mó’, de maior, é uma coisa bem típica daqui”, explica Torres.




Outra curiosidade é o sotaque do brasiliense. Afinal, ele existe? A professora do Departamento de Métodos e Técnicas da Universidade de Brasília (UnB) Stella Maris Bortoni explica que, apesar de a cidade ter  atraído muitas pessoas de outras regiões, a fala do brasiliense não é marcada por um sotaque.

“Temos uma característica interessante porque a gente não percebe traços de outras regiões. Não há nada na fala, no ponto de vista da acústica fonética, que marque como de outra região. O que marca é a ausência de traços das outras regiões. Pode perceber alguma marca, mas é sutil.”

Segundo a professora, as pesquisas sobre linguística mostram que o brasiliense ainda não tem um falar próprio. “A cidade só tem 55 anos e isso leva 3, 4, 5 gerações.”

Reportagem: Ana Cristina Campos e Michelle Canes
Fotos: Agência Brasil
Edição: Lílian Beraldo
Desenvolvimento: Pedro Ivo de Oliveira

Biografia Joacy Nunes Dourado – Parte 3

Continuação da Parte 2

Habitação Popular

Malvinas: Outro marco importantíssimo em sua administração foi na habitação popular, doando terrenos para construção de casas populares. Junto com padre Pedro e apoio da Igreja Católica, adquiriu 34 tarefas de terras e mandou construir as casas da antiga Malvinas, atual Bairro São Francisco.



Fundação Bradesco: Transformou a antiga cascalheira comprada de José do Rosário, no Bairro Fundação Bradesco. A maior parte das casas daquele bonito bairro foram doadas pela prefeitura, em seu governo. Continuar a ler “Biografia Joacy Nunes Dourado – Parte 3”

Exit mobile version