Aécio x Dilma no segundo turno: quem é favorito?

Os institutos de pesquisa erraram feio com relação ao desempenho de Aécio.  Dilma aparecia com 46% dos votos válidos,  segundo o Ibope,  no primeiro turno.  Aécio, para o instituto, tinha 27% e Marina,  24%. Já o Datafolha mostrava Dilma com 44% dos votos válidos, seguida de Aécio, com 26%, e Marina, com 24%.

Ao contrário do que previa o Ibope e o Datafolha, Aécio Neves se mostrou um adversário bem mais forte:  teve 33,55% dos votos válidos, ficando cerca de sete pontos acima das previsões mais otimistas!

Está no segundo turno contra Dilma.

O desgaste de Marina

Na opinião de cientistas políticos ouvidos pela BBC Brasil, existe uma explicação para o desgaste de Marina e a subida de Aécio Neves:

“Marina perdeu, pouco a pouco, a confiabilidade do eleitorado. Se antes despontava como a principal oponente de Dilma Rousseff no segundo turno, com chances reais de chegar à presidência, a ex-senadora viu seu eleitorado começar a rarear depois de uma série de problemas durante sua campanha”, afirmou à BBC Brasil o cientista político Antônio Carlos Mazzeo, da Unesp de Marília (SP).

“Marina havia ganhado eleitores de Aécio e de Dilma, mas era com o tucano que ela disputava o voto dos conservadores. Ela não conseguiu sustentar por muito tempo essa disputa”, acrescentou Mazzeo.

Segundo os especialistas, pesou principalmente contra Marina os ataques feitos à sua candidatura pelo PT, mas também pelo PSDB.

“Houve uma ‘desidratação’ eleitoral de Marina Silva, orquestrada, principalmente, pela campanha da presidente Dilma Rousseff. Dilma é a grande vitoriosa desse embate. Foi uma estratégia muito acertada”, disse à BBC Brasil o cientista político Paulo Baía, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).

Aécio Muda de Estratégia

“Aécio também mudou sua estratégia. Sabia que estava perdendo votos para Marina, considerada favorita em um eventual segundo turno com Dilma. A partir daí, o tucano partiu para o ataque contra a ex-senadora, vinculando-a com a petista e explorando suas inconsistências”, acrescentou.

O especialista em expressão corporal Paulo Sérgio de Camargo, autor do livro Linguagem Corporal (Editora Summus, 2010), disse que no debate Aécio “falou com convicção da primeira à última fala. Falou com muita clareza, com voz incisiva, não vacilou em momento algum.”

Na avaliação de Euclides Scalco, outro fundador do PSDB e também ex-ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República durante o governo Fernando Henrique, Aécio cresceu na medida em que o PT “iniciou uma campanha de desconstrução de Marina.”

“Nunca houve no Brasil uma campanha tão agressiva contra um candidato, como a que o PT fez contra Marina”, disse Scalco à BBC Brasil.

“Só na reta final das eleições Aécio conseguiu ultrapassar Marina em Minas Gerais, seu reduto eleitoral. (…) As últimas semanas das eleições são sempre decisivas”, concluiu.

Por que Aécio é um adversário poderoso

Aécio Neves se torna um poderoso adversário de Dilma, porque ele representa o antipetismo, a soma de todos aqueles que sonham por mudanças no Brasil. Além disso, a força de Aécio vem do fato do Brasil está em uma situação péssima: inflação alta, juros exorbitantes, endividamento dos brasileiros e a insegurança pública generalizada.

O candidato é jovem (54 anos), tem carisma, sabe falar bem e fez um bom governo em Minas Gerais, saindo de lá com mais de 90% de aprovação. Além disso, a tendência é os mineiros aderirem a campanha do conterrâneo, mesmo parte daqueles que votaram em Dilma no primeiro turno.

O percentual de 41% de Dilma nas urnas representam o pior desempenho do PT na corrida presidencial desde que chegou ao poder em 2002 – pior do que o dela mesma há quatro anos, quando marcou 47,6% ao final do primeiro turno.

E mais: o que se deduz da fala de Marina é que ela o apoiará:

“A minha primeira constatação é que este sentimento de mudança amplamente presente no Brasil foi vitorioso no primeiro turno. Os candidatos de oposição somados foram vitoriosos, tiveram a maioria dos votos. E é isso que nós temos que buscar agora no segundo turno. Eu me sinto extremamente honrado em ser o representante desse sentimento nessas três semanas que nos separam da eleição”, afirmou.

Liberdade de expressão, militância gay e Levy Fidelix

O Brasil fala que é um país democrático, mas obriga as pessoas a irem votar. Diz que a Constituição garante o direito a liberdade de expressão e muitos dizem que concordam com isso, claro, desde que não sejam contrariados.

Um exemplo claro disso é o que aconteceu com   o Levy Fidelix , presidente do PRTB,  o eterno candidato que nunca ganha. No debate da TV Record, com os candidatos a presidente, ele foi indagado sobre o que pensa do casamento gay. E respondeu, manifestanto seu ponto de vista. Só isso, para a maioria da opinião pública, mas para a militância gay não foi só isso. Continuar a ler “Liberdade de expressão, militância gay e Levy Fidelix”

IstoÉ/Sensus: Dilma e Aécio podem se enfrentar 2º turno

A pesquisa IstoÉ/Sensus, realizada entre os dias de domingo (21) e sexta-feira (26) mostra a candidata do PSB com 25% contra 20,7% do peessedebista. Alem disso, o índice de rejeição a Marina subiu de 22,3% para 33%, ultrapassando o de Aécio, que subiu apenas de 31,5% para 31,9%.

Marina e Aécio estão tecnicamente empatados, mas com um diferencial: Aécio está subindo e Marina está descendo.

Pesquisa ISTOÉ/Sensus mostra que a sucessão presidencial será decidida no segundo turno e que Aécio e Marina chegam embolados na última semana de campanha (Screenshot imagem Revista Isto É)

Comentário

Em um país onde a maior parte da população perde longo tempo assistindo as baixarias e esculhambações das novelas, candidato a presidente, seja homem ou mulher, que se personifica como bom mocinho ou boa mocinha, dança.

É o que está acontecendo com a candidata a presidente Marina. Era para ela está lá em cima nas pesquisas, rindo do PT e de seus adversários, mas não foi isso que aconteceu.

 

A boa mocinha candidata a presidente, tornou-se alvo de ataques de Dilma, Aécio e companhia. E o pior, passou a agir de forma estúpida, se sentindo vítima e pedindo a Deus para dar discernimento aos eleitores para entenderem que as críticas de Dilma são injustas. Continuar a ler “IstoÉ/Sensus: Dilma e Aécio podem se enfrentar 2º turno”

O marketing selvagem dos adversários e o marketing morno de Marina

Neste bendito dia, de rotina chata, monotonia, trabalho, muitas as vezes em troca de míseros reais, muita gente ouviu e viu a candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, afirmar que seus adversários fazem “marketing selvagem” contra ela.

Marketing selvagem, não, Marina, marketing esperto contra o marketing morno de sua campanha. Explico.

Quando aconteceu os escândalos envolvendo grande parte da base governista, achei que seus marqueteiros iam aproveitar a situação para deixar a candidata Dilma e seus adversários na defensiva.

Marina Silva e marketing selvagem nas eleições presidenciais de 2014

Mas não foi isso que aconteceu.

Esperta como é, Dilma conseguiu apagar, com um copinho de água, o incêndio causado pelos escândalos da Petrobrás, envolvendo membros da base aliada, conforme noticiado na imprensa.

Mais do que isso: Dilma passou a acusar Marina de querer acabar com os programas sociais do governo, com projetos de infraestrutura e de não explorar o pré-sal. Consequentemente, causaria o desemprego de milhões de brasileiros, tirando recursos da educação, blá blá blá… Continuar a ler “O marketing selvagem dos adversários e o marketing morno de Marina”

O cruel e sanguinário presidente Bashar al-Assad

Sepultamento em massa na Síria: mais de 100 pessoas mortas em massacre na cidade de Houla, metade dos quais eram crianças. (Foto reprodução)

Quando vejo a desumanidade que está acontecendo na Síria, fruto das decisões do cruel e sanguinário presidente Bashar al-Assad, pergunto para mim mesmo, para Deus e para os cidadãos de bem, homens e mulheres: será se o mundo evoluiu tanto quanto parece?

O Presidente Bashar al-Assad reina com mão de ferro, como se o país e a população fossem animais irracionais pertencentes a ele. Talvez ele pense assim, porque a nação e suas riquezas foram herdadas de seu pai, o general Hafez AL-Assad que tomou o poder através de um golpe militar, em 1971 e morreu em 10 de junho de 2000.

Continuar a ler “O cruel e sanguinário presidente Bashar al-Assad”

Exit mobile version