O que significa verdade
Pilatos, conhecido por nós através do Livro dos livros, perguntou há centenas de anos: “o que é verdade?” (S. João 18:38).
É comum usarmos em nosso cotidiano uma pergunta semelhante a esta. Diante de certas situações indagamos: “Isso é verdade?”
Desde muitos séculos, a verdade é, e continuará sendo, objeto de estudo por parte de teólogos, filósofos e cientistas. A palavra verdade é para onde se dirige o espírito humano em todas as suas investigações, sejam as mais complexas, sejam as mais simples. Não poderia ser diferente comigo, durante a produção deste livro.
Embora pareça um todo indivisível, a verdade, para fins de estudo, encontra-se dividida em: Metafísica ou ontológica, quando há uma relação de conformidade das coisas com o entendimento divino, denominada pelos antigos de veritas in essendo. Lógica, quando existe uma relação do espírito humano com as coisas que se conhece, veritas in cognoscendo. Moral, quando o homem, ao conhecer as coisas, as significa com palavras, que podem ou não estar de acordo com o pensamento, veritas in significando.
Os três estados em relação ao significado da palavra verdade
Nosso espírito ou nosso eu, em relação ao significado da palavra verdade, pode se encontrar em três estados distintos. No estado de certeza, o espírito, ao conhecer a verdade, profere um juízo ao seu respeito, sem nenhum receio de errar. Se o espírito teme errar, encontra-se no estado de opinião. Se após conhecer o objeto, o espírito não emite juízo, encontra-se no estado de dúvida.
A certeza, por ser um estado de espírito, significa que é subjetiva. Um exemplo disso é quando dizemos estou certo. Há, no entanto, conforme enfatizou São Tomás, situações em que por semelhança, e participativamente, transferimos nossa certeza para o objeto ao qual nos aderimos firmemente, e dizemos assim, significando-o: isto é certo.
Há uma espécie de verdade que podemos experimentar, porque faz parte de nosso dia-a-dia. É o que se chama verdade experimental. Excetuando esta verdade, há uma outra que não passa pela nossa experiência interna ou externa, denominada verdade ideal, ou seja, um fruto de nossa especulação mental, como, por exemplo, quando dizemos: “uma coisa nunca pode ser e não ser ao mesmo tempo”.
Em determinadas ocasiões, afirmamos alguma coisa, sem nenhum medo de erro, porque existe em nós a verdadeira certeza, e, consequentemente, uma total repugnância pelo oposto. Isto é a verdade.
Fonte: blog Jackson Rubem
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