O segredo da felicidade
O segredo da felicidade não é o que muita gente pensa: experiências, bens materiais ou filosofia pessoal. Nada disso!
A chave para ser feliz é bem mais simples e surpreendente até para mim que já vivi longos anos.
O neurocientista Professor Moran Cerf da Northwestern University estuda tomada de decisão por mais de uma década.
Segundo o professor, é importante pararmos de desperdiçar nossa energia com pequenas decisões como o que fazer ou vestir. Em vez disso, devemos focar nas decisões no que realmente é importante para nós. E isso influencia em nossa felicidade.
E uma destas decisões importantes é escolhermos os amigos com cuidado.
Por que a escolha das amizades é tão importante?
Uma das respostas é: tomar decisões é algo cansativo. Demanda energia de nosso cérebro.
A pesquisa descobriu que os seres humanos têm uma quantidade limitada de energia mental] para se dedicar a fazer escolhas.
Escolher a roupa, o tipo de comida, o horário da chegada, a música para ouvir e o que fazer em nosso tempo livre consome parte da energia de nosso cérebro diariamente.
Considerando isso, a escolha correta de nossas amizades pode nos ajudar em muito, pois nossas ondas cerebrais ficarão parecidas com as das pessoas que passarão a maior parte do tempo conosco. É o que se chama “acoplamento neural“.
Ora, como haverá um “acoplamento neural” devemos pensar bem na escolha de nossos amigos, pois ficaremos cada vez mais parecidos com eles.
Absorveremos muitos de seus comportamentos e formas que eles têm de ver o mundo. Esta absorção independe de estarmos conscientes ou não.
As consequências são sempre positivas, menos demanda de energia cerebral, se escolhemos as amizades certas; ou negativas, mais demanda de energia cerebral, se escolhermos as amizades erradas.
Maximizar a felicidade e minimizar o estresse
O neurocientista Moran Cerf afirma:
“Isso significa que as pessoas com quem você sair vão ter um impacto sobre seu engajamento com a realidade muito além do que você pode explicar. Vocês vão se tornar iguais.”
A partir desta premissa, pode-se afirmar que pessoas que querem maximizar a felicidade e minimizar o estresse devem construir uma vida com menos decisões, cercando-se de pessoas que encarnam os traços que elas preferem.
Pesquisadores sugeriam anteriormente que este “acoplamento neural” é um elo importante na comunicação.
Chegamos a ficar tão sintonizados com alguém, no comprimento de onda, que podemos antecipar, algumas vezes, o que a pessoa vai dizer ou fazer.
Portanto, isso colabora com uma melhor compreensão da pessoa e, consequentemente, é uma vantagem evolutiva no trabalho. Significa produzir mais e melhor no trabalho em equipe.
Uma vida feliz depende de minimizar as decisões
Diminuir o processo decisório é o segredo da felicidade para todos que querem uma vida feliz, segundo o Dr. Cerf.
Muitos acham, erroneamente, que fazer as escolhas certas é escolher as roupas certas ou os lugares certos para ir de férias. Acham que tais escolhas vão deixá-los mais satisfeitos.
Mas, segundo o neurocientista, se você vai a um restaurante, por exemplo, a decisão mais importante é saber escolher com quem vai.
Se as pessoas querem fazer melhorias na vida, relacionadas a leitura ou cozinhar melhor, o que fazer? Vale repetir: gastar mais tempo com alguém que tenha estas características positivas desejáveis.
Tudo isso é algo que sabemos inconscientemente, mas não praticamos. A pesquisa científica é um lembrete importante.
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Como se vê, o cérebro tem muitos mistérios. Você sabia, por exemplo, que é possível saber que está sonhando?
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