Por séculos, a consciência humana foi considerada um mistério reservado a filósofos e religiosos. No entanto, pesquisas recentes estão reescrevendo essa história. Cientistas de diversas áreas — da biologia à física quântica — estão se perguntando se a nossa consciência, de fato, pode alterar a realidade.
Segundo o biólogo evolutivo Dr. William B. Miller, cada uma das nossas cerca de 37 trilhões de células pode conter um fragmento de consciência. Em vez de atuarem como simples executoras de comandos genéticos, essas células conscientes demonstram adaptação e capacidade de “decisão”, características tradicionalmente atribuídas a seres conscientes (BGR).
Essa visão é fortalecida por experimentos com xenobôs — organismos sintéticos capazes de se auto-organizar, sugerindo uma espécie de “inteligência interna” em nível celular (WikipediA).
Além disso, no campo da física quântica, teorias como a da consciência quântica, proposta pelo físico Roger Penrose e pelo anestesiologista Stuart Hameroff, sugerem que estruturas cerebrais chamadas microtúbulos poderiam operar em nível subatômico, ligando a consciência diretamente aos fenômenos quânticos (Scientific American).
Pesquisas com psicodélicos, como o DMT e o LSD, também trazem relatos intrigantes. Voluntários sob o efeito dessas substâncias frequentemente descrevem uma expansão da consciência e a sensação de interagir com realidades superiores, desafiando a ideia de que a mente é limitada ao cérebro físico (Johns Hopkins Medicine).

Se essas teorias forem confirmadas, poderemos precisar reavaliar não apenas a natureza da mente, mas também os próprios fundamentos da realidade. A consciência, mais do que um reflexo do mundo, poderia ser um agente ativo na sua criação.
Em um universo onde até o conceito de tempo pode ser ilusório, como sugerem alguns físicos (Nature), ainda temos muito a descobrir sobre o poder oculto da nossa própria mente.
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