Fonte: Livro Irecê – A Saga dos Imigrantes e Histórias de Sucesso, do escritor Jackson Rubem. 534 páginas. Editora Print Fox, ano 2004. ISBN: 85-87498-05-3 (OBS: material protegido pela lei de Direitos Autorais. Caso você reproduza alguma coisa, favor citar a fonte).
Para uma grande conquista, o trabalho é a melhor arma (Edvaldo Lima Oliveira)
Edvaldo Lima de Oliveira
O pai de Edvaldo, o sergipano José Carlos de Oliveira Filho, da cidade de Simões Dias-SE. Trabalhou inicialmente como tropeiro. Depois dedicou sua vida ao comércio, negociando produtos agrícolas.
Passando por muitas dificuldades, decidiu se aventurar pelo sertão, sempre comercializando. Trazia farinha, café e outros produtos de Tapiramutá e negociava na região de Irecê. Retornava levando feijão, milho, abóbora e animais para abate: caprinos e ovinos.
Nos anos 60, com o desenvolvimento de Irecê, percebeu o futuro da região e resolveu mudar-se para esta cidade. Estava decidido a dar sua contribuição, acreditando no município e colocando aqui uma serraria e comércio de madeira.
No decorrer do tempo, os negócios da família foram administrados pela Sra. Afra Lima de Oliveira, casada com Sr. José Carlos de Oliveira Filho.
Ela era uma grande empreendedora que não tinha medo de enfrentar desafios. Transformou o comércio de madeira e serraria na empresa Material de Construção Lima, a primeira Loja de Material de Construção administrada por uma mulher em Irecê.
Dona Nazinha, como era mais conhecida, por ser uma pessoa determinada e batalhadora, com espírito empreendedor, transformou-se em uma mulher atuante e respeitada e conhecida nos meios comerciais e bancários.
“Penso que esta maneira de ser muito controlado, muito determinado, eu herdei de minha mãe”.
Quem é Edvaldo Lima de Oliveira
Edvaldo Lima de Oliveira é natural de Tapiramutá, cidade onde nasceu em 17 de janeiro de 1953 e lá permaneceu até os treze anos.
Como não nasceu em “berço de ouro”, trabalhava em Tapiramutá, desde a infância, para ajudar a família.
Por isso foi engraxate, vendedor de água na cidade e barraqueiro no meio da feira. Enfim, fazia o que estivesse ao seu alcance para ganhar alguns “trocados”, a fim de ajudar sua família e garantir os seus estudos.
Assim, saiu de Tapiramutá e foi morar em Piritiba. Por último, chegou a Irecê, no ano de 1968, com 15 anos.
Logo que chegou a Irecê, o jovem saiu em busca de emprego, disposto a trabalhar no que quer que fosse.
Primeiro Iniciou seu trabalho, em Irecê, fazendo artesanato, enquanto surgia o primeiro emprego. Por meio desta atividade, ganhava algum dinheiro que parcialmente cobria despesas decorrentes do seu estudo no Colégio da Fraternidade do professor Dermi, onde estudou da primeira à terceira série ginasial.
No entanto, devido à deficiência da oferta de cursos em Irecê, na época, seguiu para Jacobina, no ano de 1971. Naquela cidade, estudou e concluiu o ginásio e científico no Centro Educacional Deocleciano Barbosa de Castro.
Após concluir, já não tinha condições de continuar seus estudos, pois teria que ir para Salvador. Preferiu retornar a Irecê.
Edvaldo sempre foi uma pessoa dedicada que ama tudo aquilo que faz. E assim, mesmo sem ter vocação para carreira militar, conseguiu graduação de Cabo, quando esteve no Exército.
Cultura e esportes
Cidadão bastante culto, conhecedor das principais obras literárias e um grande leitor das obras de Jorge Amado, Edvaldo se mantêm sempre atualizado através da leitura diária de jornais e das grandes revistas editadas no país.
Além da boa leitura, da boa música, sempre cultivou o gosto pelos esportes, principalmente futebol, não dispensando uma boa montaria (cavalgada).
Dentre as coisas que mais detesta ele cita a falsidade, quando uma pessoa rouba a consciência de outra. Dentre as coisas que mais ama cita a vida e as pessoas.
“Eu sempre fui uma pessoa muito tímida, não gostava de muita brincadeira, ficava em casa e me esforçava muito no trabalho, procurando sempre buscar um aperfeiçoamento, buscar mais informações”.
Edvaldo carrega dentro de si um coração bastante grato a Irecê, terra amada que o acolheu com seus familiares e se considera um ireceense. Para ele, Irecê é uma cidade que proporciona oportunidade para que todos possam atingir seus objetivos no campo econômico, desde que trabalhem com determinação.
Dentre as pessoas que o ajudaram muito, no início de sua vida profissional, destaca Múcio Silveira Lima (in memoriam) que era sócio de Cilvair, da Auto Peças Combate, Lourisvaldo Lopes Soares (in memoriam), Milton Costa Moura (in memoriam), sua esposa Regina e Eraldo Martins, os quais lhe deram a oportunidade de conhecer um novo mercado que não conhecia, que era o de vender tratores e peças para tratores.
“Muitas coisas mudaram para mim, principalmente no amadurecimento intelectual e espiritual. Aumentaram as amizades e o espaço na sociedade. Meu tempo agora é bem mais agitado e preenchido de responsabilidades”.
Leia Mais:
Biografia Edvaldo Lima de Oliveira – Parte 2
Biografia Edvaldo Lima de Oliveira – Parte 3
Biografia Edvaldo Lima de Oliveira – Parte 4
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