Um crente na civilização do amor
Dentre as coisas que nossa civilização mais precisa cultivar neste mundo, segundo Dr. José Domingos, encontra-se a paz e a união.
Para ele, a família é extremamente importante e todos seus sete irmãos, incluindo Noêmi, a irmã adotiva, são dignos de seu amor.
“Sou crente na civilização do amor. Todos os dias, pela manhã a noite, penso nesta civilização. Eu acho que o mundo só vai ficar bom, quando o amor predominar em todos os segmentos de nossa vida relacional (casal, família, trabalho e sociedade), porque onde tem o amor, tem a alegria.
A falta de amor é o que traz a tristeza, a raiva e o medo.”
Segundo ele, a falta de amor é oriunda do egoísmo. Algumas pessoas são extremamente egoístas, ou seja, sentem um desejo tão exagerado de se agradar, que este desejo acaba prejudicando o próximo. “Eu quero” é o pensamento do egoísta.
“O mandamento é ‘ama ao teu próximo como a ti mesmo’, mas tem gente tão egoísta que prejudica o próximo. Estas pessoas sentem uma carência tão grande que acabam matando o próximo, roubando o próximo e mentindo para o próximo, tirando assim a paz da sociedade.”
“Eu acho Jesus uma pessoa tão extraordinária, que há dois mil anos esteve aqui e fez tanta coisa importante que ele só pode ser um Deus mesmo. Eu acho que ele realmente é o Deus vivo. O verbo que se fez carne e habitou entre nós.”
Se conhecermos os ensinamentos de Jesus Cristo, vamos formar o reino de Deus dentro de nós, pois Lucas, o único médico, que escreveu sobre Jesus, diz: “O Reino de Deus está dentro de cada um de nós”. Então a gente vai formando este reino de amor e paz dentro de cada um de nós – diz José Domingos, finalizando.
A importância do casamento
Aos dez anos de idade, quando tinha passado da 4ª para a 5ª série, ganhou do seu querido pai, uma bicicleta de presente.
Passeando com esta bicicleta pelas ruas de Uibaí, encontrou uma garotinha de nome Vera Lúcia, que na época estava com seis anos de idade.
Os dois conversaram bastante e a partir daquele dia iniciaram uma grande amizade.
Já faz quarenta e um anos que tiveram aquela primeira conversa e até hoje continuam conversando. Não é pouco, mas já completaram vinte e cinco anos de casados!
Deste casamento bem-sucedido nasceram dois filhos: Mateus, que está fazendo Medicina em Santa Cruz de Lá Sierra, na Bolívia, e Milena, que é formada em turismo e está fazendo especialização na Itália.
“Casamento exige muita renúncia. Eu gosto muito de um pensamento que diz: a palavra LAR tem três letras: L de lealdade, A de amor e R de renúncia. Então se você não renunciar a certas vaidades, a certos orgulhos, você pode destruir o seu lar.”
Dr. José Domingos diz que o casamento foi criado para proteger as mulheres e os filhos, porque os homens, em tempos não muito remotos, tinham pouca responsabilidade.
Enchia a mulher de filhos e depois abandonava, indo pegar outra mais nova, que também acabava ficando cheia de filhos e abandonada.
Segundo ele, as mulheres vieram a adquirir mais independência, depois da Segunda Guerra Mund
ial, época em que seus maridos morreram na guerra e elas tiveram que trabalhar fora.
Depois a ciência criou a pílula anticoncepcional e outros métodos como ligação de trompas e vasectomia, permitindo assim a redução do tamanho das famílias.
Algumas reflexões sobre vários assuntos
“Eu me sinto cada dia mais feliz e realizado com meu trabalho.”
“Meu pai dizia que a prova de que Jesus era Deus estava nos milagres que ele fazia. Mas para mim a grande prova está na castidade dele. O que mais me admira em Jesus é a castidade. Ele viveu 33 anos, naquela é
poca, sem se render aos encantos de nenhuma mulher. Não sofreu por nenhuma, mas algumas sofreram por ele, porque queriam casar com ele e ele não quis.”
“Gosto mesmo é da poesia. Eu não escrevo poesia, mas sou um admirador dos poetas.”
“A gente usa o lema ama ao teu próximo como a ti mesmo, mas em primeiro lugar devemos aprender a amar a nós mesmos, pois quando uma pessoa aprende a se amar, geralmente vai amar melhor ao seu próximo.”
“Em primeiro lugar devemos zelar nosso corpo, que é nosso próximo mais próximo, depois zelar nossa esposa, nossos filhos, parentes, sobrinhos… Quanto mais união melhor.”
“A violência é consequência da falta de amor. Pessoas violentas sempre foram mal-amadas, principalmente na infância, de zero a seis anos.”
“Eles devem amar mais seu próximo e sua profissão. O bom político é aquele que se dê como um empregado do povo. O povo é o patrão e o patrão não quer empregado ruim lá. Tem que ser honesto. Deve criar leis que melhorem a vida do povo.”
O que mais gosta de fazer, quando tem tempo
Um de seus passatempos prediletos é assistir televisão, quando está em casa, principalmente a filmes de melhor qualidade.
Ele lembra da época quando chegou a Salvador, para estudar, no ano de 1967. A televisão, naquele tempo, não prestava e só pegava a TV Tupi, que tinha um sinal péssimo, chuviscando e em preto e branco.
Compensavam a ausência de um bom sinal de TV, indo para o cinema, praia ou zoológico.
Só depois é que a Globo chegou. Veio com boa imagem e logo evoluiu do preto e branco para o colorido.
Outro passatempo é a leitura de bons livros, principalmente autores que harmonizam com sua formação católica, como João Mohana, por exemplo, o maranhense que era médico, mas abandonou a profissão para se dedicar ao sacerdócio.
Mohana formou-se em Medicina apenas para satisfazer o desejo do pai, mas com a morte de seu genitor decidiu abandonar a profissão e ir estudar Teologia, seu grande sonho.
Dentre tantas outras obras de sua preferência, também costuma ler as obras do médico Gilberto Rebouças, gastroenterologista e professor da Universidade Federal da Bahia e do Dr. Jessé Accioly.
O Dr. Jessé Accioly é uma das maiores autoridades em Análise Transacional, um dos ramos da psicanálise. Ele faleceu há pouco tempo, mas deixou vários discípulos, entre os quais o Dr. Antonio Pedreira, que viaja pelo mundo, participando de congressos e é seu atual orientador, nos momentos de dúvida.
Dr. Antonio Pedreira esteve em Irecê, participando de uma conferência, no Golden Palace Hotel e dedicou a mesma ao amigo e discípulo antigo José Domingos.
Além destes escritores, é fã de Carlos Drummond de Andrade, que sempre esteve presente em sua vida, desde a época de estudante, do padre Zezinho, Luiz Gonzaga e Roberto Carlos, dando preferência as suas músicas de cunho religioso.
Leia mais:
Biografia Dr. José Domingos – Parte 1
Biografia Dr. José Domingos – Parte 2
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