Os descobridores de Irecê
Antes de falar dos descobridores de Irecê é preciso voltar um pouco no tempo.
Registros históricos sinalizam que antiga Caraíbas era uma das inúmeras fazendas de Antônio Guedes de Brito. Era conhecida como Lagoa das Caraíbas ou Brejo das Caraíbas, nome inspirado nas inúmeras árvores com este nome que existiam próximo de onde é hoje o atual mercadão. As fazendas de Antônio Guedes foram descontinuadas com o passar do tempo. A caatinga renasceu nas áreas desmatadas.
Os anos se passaram e no início do ano de 1877, um grupo de retirantes da seca partiu da Fazenda Rochedo (hoje cidade de Ibititá), segundo informações verbais, em busca de um lugar bom para viver. O grupo dos descobridores de Irecê era composto pelos seguintes homens: Antônio Alves de Andrade, Hermógenes José Santana, Sabino Badaró, Joaquim José de Sena, Deoclides José de Sena, Benigno Andrade e José Alves de Andrade.
Debandou de outras bandas
Da seca de 1877 fugindo
E chegaram a Caraíbas
Com as forças exaurindo
Foram os desbravadores
Que passaram muitas dores
Mas que foram tão bem-vindos.
1877
Foi o ano que marcou
A chegada da família
Nesta terra de valor
Que com a força do machado
E com um simples arado
O seu solo cultivou.
Foi Sabino Badaró
O Hermógenes Santana
José Alves de Andrade
Armaram uma choupana.
E o Deoclides Sena
Também fez uma pequena
Pra vida quotidiana.
Depois de uma aventura de dezoito dias pela caatinga, descobriram um “oásis”, rodeado por muitas árvores, entre as quais uma multissecular quixabeira, sobressaindo-se de todas as outras, no lugar que outrora se chamava Brejo das Caraíbas ou lagoa das Caraíbas.
A quixabeira do descobrimento
A quixabeira, entre as milhares de árvores da caatinga, é a que mais se destaca, tanto por sua sombra agradável, quanto pelo cheiro de suas flores, que atraem abelhas e outros insetos.
Eram homens corajosos
Não tinham medo de nada
Trabalhavam com afinco
Cada dia da jornada
Sob uma grande quixabeira
Árvore cheirosa e altaneira
Fizeram sua morada.
Cavaram um buraco com um pedaço de pau afinado na ponta e encontraram água em abundância, a menos de meio metro de profundidade.
Além da água, fator essencial para sobrevivência dos seres humanos, havia no lugar muita caça, muito mel e as terras eram excelentes para se “por roça”.
Construíram casas rústicas de enchimento ou pau-a-pique, dando origem ao primeiro núcleo habitacional, onde hoje é a Avenida Tertuliano Cambuí, no quintal de Dona Nita.
Fonte: blog JacksonRubem Livros do escritor Jackson Rubem, impressos e online.
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