Cristãos, pornografia e malware

Achou estranho o título deste post?

Há realmente uma relação entre cristãos, pornografia e malware?

Claro que não estou me referindo a todos os cristãos.

Sem dúvida, a resposta à pergunta é um sim. A queda de 17% de infecções por malware, nos EUA, no período da Quaresma mostra isso.

Como assim?

Não é novidade que sites pornográficos são uma das principais fontes de malware em todo o mundo. Portanto, a diminuição do acesso a estes sites reduz as infecções por softwares maliciosos ou nocivos.

Até aí tudo bem. Mas o que vincula cristãos, pornografia e malware? Alguém pode perguntar, fingindo que não entendeu.

Os pesquisadores da Enigma Software Group (ESG), uma empresa especializada em software de segurança cibernética, dizem que a resposta está na Quaresma.

A temporada da Quaresma começou na quarta-feira de cinzas, 14 de fevereiro e vai até o dia 29 de março.

Aumenta, portanto, o fervor religioso entre os cristãos.

Graças a isso, há uma redução de horas gastas em sites adultos, principais fontes de infecções por vírus.

Como resultado, houve uma redução de 17% nas infecções por malware, do início da Quaresma até agora.

O porta-voz da ESG, Ryan Gerding, detalhou o assunto:

“É muito comum que as pessoas que participam das atividades Quaresmal restrinjam o uso de mídias sociais e tecnologia em geral nas semanas que antecedem a Páscoa”, disse o porta-voz da ESG, Ryan Gerding. No ano passado, as infecções por malware caíram 14%, durante a Quaresma.

“Eles também podem reduzir o tempo gasto em sites adultos, que são fontes comuns de infecções por malware. Achamos que a combinação dessas atividades juntas ajuda a explicar por que as infecções por malware no computador diminuem durante a Quaresma.

Pesquisa em cidades com altas populações de católicos

A pesquisa da ESG foi mais ampla. Eles verificaram as tendências de infecção durante a Quaresma em cidades nos Estados Unidos com altas populações de católicos.

O resultado não surpreendeu.

Na maior parte destas cidades a queda ainda foi maior que a média nacional.

Daí poder afirmar que realmente existe uma relação entre pornografia, cristãos e malware, em certas épocas.

Eis outros exemplos.

Desde o início da Quaresma as infecções por malware caíram em várias cidades dos Estados Unidos, na seguinte proporção:

• 36% em Boston
• 31% em Nova York
• 38% em Pittsburgh
• 23% em Chicago
• 23% em Los Angeles
• 21% em Las Vegas

Durante os 40 dias da Quaresma, milhões de cristão no mundo cometem vários tipos de penitência.

Entre as penitências estão o jejum durante o dia, não falar palavrões, nem usar mídias sociais.

O sexo nunca esteve tão explícito quanto atualmente. Aliás, existe até uma indústria que fabrica robôs voltados para o prazer sexual.

Igualmente, existem pessoas interessadas nestes objetos de prazer sexual.

Por exemplo, uma pesquisa mostra que os alemães fariam sexo com uma boneca robô.

Não só eles, é claro, mas muitas outras pessoas de outros países também fariam.

Achou estranho? Pois saiba que um robô humanoide quer ter filhos e manifestou seu desejo em uma entrevista na televisão!

Sites de conteúdo adulto: prazer e perigo

Segundo o jornal britânico Daily Mail, a empresa Kaspersky Lab. menciona dez STIs digitais que podem prejudicar seu dispositivo, quando acessa sites de conteúdo adulto:

1. Trojans

Eles podem se passar por programas inocentes, mas carregam uma carga prejudicial.

2. Downloads diretos

Os cibercriminosos procuram sites inseguros e implantam um script mal-intencionado no código das páginas. Estes códigos aproveitam todos os aplicativos não corrigidos no seu computador e os infectam automaticamente

3. Clickjacking

Clickjacking envolve enganar alguém para clicar em um objeto em uma página da web, enquanto eles acham que estão clicando em outro.

O clickjacking pode ser usado para instalar malware, obter acesso a contas online da vítima ou para ativar sua webcam.

4. Tinder bots

São programas automáticos projetados para se disfarçarem como pessoas reais em um site de namoro. Faz o usuário clicar neles com o objetivo de levar a vítima a revelar dados confidenciais.

5. Cat-Phishing

É quando os cibercriminosos posam em sites de namoro ou salas de bate-papo, incentivando as pessoas a clicar em links para bate-papo com sexo ao vivo ou imagens de adultos.

6. Ransomware

Os cibercriminosos usam ‘bloqueadores’ para impedir que a vítima acesse o dispositivo, muitas vezes dizendo que isso se deve ao ‘conteúdo pornográfico ilegal’ sendo identificado em seu dispositivo. Qualquer pessoa que tenha acessado a pornografia on-line é provavelmente menos propensa a denunciar na justiça se for prejudicada de alguma forma.

7. Worm

Este é um programa que replica, mas não grava seu código em outros arquivos: ao invés disso, ele se instala uma vez no dispositivo da vítima e então procura uma maneira de se espalhar para outros dispositivos.

8. Pornware

Este pode ser um programa legítimo, mas pode ser adware instalado por outro programa malicioso, projetado para entregar conteúdo inadequado para o dispositivo da vítima.

9. Spyware

Software que permite que um invasor obtenha informações secretas sobre as atividades on-line da vítima e as transmita secretamente de seus dispositivos.

10. Antivírus falso

Programas antivírus falsos surgem do medo das pessoas de softwares maliciosos que eles acreditam que foram instalados, enquanto olhavam para pornografia.

Acerca de sites adultos, David Jacoby, porta-voz da Kaspersky Lab. disse:

“Em 2017, identificamos pelo menos 27 variações de malware de PC que caçam especificamente credenciais em sites pagos de conteúdo adulto.

“Sites adultos são atraentes para criminosos virtuais porque eles têm um grande número de usuários para infectar potencialmente.

“Esses usuários são menos propensos a relatar a infecção devido à natureza embaraçosa de como eles tiveram a infecção.”

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