O que pensa dos estudantes de hoje
Na opinião de Dr. Nobre, os jovens de hoje em dia tem muito mais facilidade de acesso ao aprendizado do que os de antigamente, mas devido a tantas facilidades, eles se descuidam um pouco e não buscam com mais afinco adquirir os conhecimentos mais atualizados.
“Antigamente a gente buscava, ia para a biblioteca, e lá ficava horas e horas, para aprender alguma coisa. Hoje em dia se tem computador, internet, basta apertar um botão para sair tudo”.
Não obstante tantas facilidades, os jovens permanecem desinteressados em aprender mais. Tanto é verdade isso, que muitos não conseguem passar de ano, mas contam com muitos artifícios para passarem.
“Na minha época não tinha isso não, a pessoa tinha que estudar e passar por competência”.
Cuidando também dos analfabetos
Segundo Dr. Nobre, o analfabetismo entre adultos em nossa região é bastante acentuado: “Basta dizer que eu, no meu trabalho, todo dia tenho que usar o optotipo de analfabeto, para fazer exame de vista, porque a pessoa não sabe ler, não conhece as letras. Isso traz certo atraso para a região”.
“O índice migratório é intenso em nossa região. E isso contribui para o analfabetismo, pois muitos tem que deixar o seu lugar e ir em busca de trabalho lá fora, não permanecendo na escola por muito tempo”.
O que mais gosta e o que mais odeia
“O que eu gosto muito mesmo é do Vasco, principalmente quando ganha do Flamengo”.
Há muitas coisas, fora isso, de que ele gosta muito, como participar de congresso na sua área, visando atualizar seus conhecimentos. Isso nem sempre acontece, porque há congressos quase todos os dias.
“Fico muito triste por não poder fazer o que gostaria que é ajudar aos mais necessitados, embora dentro das minhas possibilidades, faço a minha parte”.
Outra coisa de que gosta muito é a música orquestrada de Paul Mauriat e de Bily Vougue, bem como as músicas do pianista Richard Clayderman. Depois vem o samba, mas tudo na hora certa. Na hora do samba só o samba.
Dançava muito samba, mas hoje sente que falta preparo físico. Também gosta do forró, que veio conhecer quando chegou ao nordeste, mas de forma alguma trocaria o samba pelo forró.
Na literatura, gosta muito de livros espiritualistas, dos romances de Jorge Amado, e de algumas obras de ficção.
As conquistas mais emocionantes
Dentre as conquistas que mais emocionaram Dr. Nobre, ele cita a emoção de estar presente no Estádio Asteca, no México, quando o Brasil foi Campeão Mundial.
“Estava lá in loco. Eu ganhei uma passagem em um sorteio de televisão, passagem com estadia, com tudo. Às vezes a gente não acredita, concorre por concorrer, mas acaba ganhando”.
“Outra coisa que mais me emocionou, foi quando eu passei no vestibular, foi uma emoção muito grande, já tinha feito dois anos, trabalhando oito horas por dia, e no terceiro ano que fiz vestibular, senti que dava para passar. Foi uma emoção muito grande, passei em três faculdades, e em uma delas ainda tinha prova oral”.
Se fosse prefeito de Irecê
Em sua opinião, o prefeito não é para fazer o que bem entende. Tem que negociar com a Câmara de Vereadores e com os órgãos governamentais e não governamentais. Tem que haver uma ideia, um consenso em torno do que vai fazer.
“Daria prioridade à área de saúde, educação e segurança. Principalmente a educação, porque dessa educação que nós vamos ter os nossos homens de amanhã, educação básica, boa, bem direcionada”.
A saúde é outra coisa bem importante. Agora está em moda a campanha contra a fome. A pessoa mal alimentada não estuda bem e não tem boa saúde. Logo não tem estímulo para estudar e aí acaba ficando às margens da sociedade.
Por que as pessoas gostam tanto de Irecê
Segundo Dr. Nobre, a explicação para as pessoas gostarem tanto de Irecê está no lado humano da maioria da população desta cidade.
Logo que chegou a Irecê, ele lembra que havia certo preconceito inicial das pessoas daqui em relação aos que vieram de fora. Eram tratadas por forasteiros.
Mas depois descobriu que essa pecha de chegar a uma reunião, em um barzinho e todo mundo ficar olhando, foi passando com o tempo:
“A gente foi percebendo que bastava ser um pouco mais maleável, procurar se entender com eles. A população de Irecê é muito generosa, e aceita de bom grado tudo aquilo que vem, visando o progresso da região”.
“Eu como médico fui muito bem recebido aqui. Graças a essa população, cresci aqui, vivi aqui, estou aqui e se Deus quiser continuarei aqui, com apoio desse povo”.
“Gostaria de ser um pouco mais extrovertido, mas, infelizmente, a minha introversão predomina. Sou até certo ponto acanhado e isso faz com que as pessoas me achem “fechado”, apesar do grande esforço que faço para mudar. Acreditem, sou tímido!”.
“Vaidade é algo inerente ao ser humano. Logo, também tenho as minhas vaidades. Gosto muito de ser considerado um bom profissional”.
“Sou uma pessoa que valoriza muito a instituição familiar e as amizades. Acredito ter feito muitos amigos, nesta minha trajetória de vida”.
“No lado profissional, tento, na medida do possível, atender a todos de forma igualitária, com respeito acima de tudo, com dedicação, honestidade e qualidade, preceitos básicos para a dignidade humana e crescimento profissional”.
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