Fonte: Livro Irecê – A Saga dos Imigrantes e Histórias de Sucesso,  do escritor Jackson Rubem. 534 páginas. Editora Print Fox, ano 2004. ISBN: 85-87498-05-3 (OBS: material protegido pela lei de Direitos Autorais. Caso você reproduza alguma coisa, favor citar a fonte).

“Por onde passei, na construção da minha vida, em determinado momento fiz a diferença. Como estudante fui líder estudantil, fui presidente de diretório; como médico construí e vivo em função da medicina na região; na política, estive sempre batalhando ao lado da liberdade, da democracia, da seriedade, da competência na administração”.

O conceituado médico Dr. Antônio Carlos Ribeiro nasceu em Brotas de Macaúbas, em 07/06/1945, filho de Agostinho Antônio Ribeiro e Filomena Santos Ribeiro, agricultores que tiveram a preocupação de transferir tudo que iam adquirindo para a educação dos filhos. Esta foi a única herança que recebeu deles.

Sua vida estudantil foi marcada por um fato inesquecível, que aconteceu em 1962, quando ele tinha apenas 16 anos. No meio do sertão baiano, na querida cidade de Brotas, seu pai, um homem de mãos calejadas e sofrido pela inclemência da seca, chamou-o e disse-lhe:

“Você é menor, não pode ir para São Paulo procurar trabalho. Vai para Salvador continuar os estudos. Não temos o direito de perder tempo. Vá estudar e passe de ano. Se você perder, a roça lhe espera!”.

Ouvindo os conselhos do pai, foi para Salvador, com muita disposição para os estudos. Estudava no Colégio Central em 1964, quando foi instalada a ditadura militar no Brasil e já no ano seguinte entrava para a Faculdade de Medicina da UFBA. Juntou-se aos movimentos estudantis contra a ditadura e em 1967 foi eleito presidente do Diretório Acadêmico, ficando no movimento estudantil até sua formatura, em 1970.

Com o diploma de medicina em mãos, retornou a sua terra natal, onde conheceu Zequinha e seus irmãos. A amizade foi forte entre eles e durou até a morte dos companheiros sob as botas da ditadura.

Ainda em 1970, a convite do então prefeito de Central, o professor Carlos Gonçalves dos Santos, foi trabalhar naquela localidade, sendo seu primeiro médico. E enquanto exercia a nobre missão de salvar vidas, ajudou a fundar o PMDB.

No ano de 1973, mudou-se para Irecê e casou-se com dona Gerusa Tâmara Ribeiro, na época funcionária da Ematerba.

A luta pela libertação de Irecê

Sempre determinado em seus ideais de luta por uma Irecê melhor, Dr. Antônio atuou intensamente no PMDB, junto com outros companheiros, na campanha para prefeito, liderada por Dr. Aldemar Macedo. Infelizmente o engenheiro não se elegeu, mas a campanha gerou duas vitórias importantes para o processo político de Irecê: a eleição do gaúcho Ivo Rodrigues de Paula e a de Dr. Antônio Carlos Ribeiro.

Os dois vereadores, durante os oito anos de mandato, mantiveram-se sempre voltados ao bem-estar da população e dedicaram-se inteiramente ao combate à corrupção, à incompetência e à intolerância. Cultivaram o sonho que resultou na libertação de Irecê, em 1996, na histórica eleição de Beto Lelis.

Dr. Antônio sempre foi um vencedor em todas as disputas políticas, devendo suas vitórias ao fato de estar sempre ao lado dos interesses populares, mesmo nas adversidades.

Em um de seus quatro mandatos de vereador aconteceu um fato insólito, inesquecível, muito raro na história política do Brasil: todos os quinze vereadores da Câmara Municipal de Irecê votaram nele, na eleição de 1998, para a escolha do presidente.

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