O que Aguinaldo Oliveira Lopes – Guina – pensa sobre a política
A classe política, segundo Guina, precisa mudar. Antigamente, qualquer pessoa podia ser prefeito, vereador ou deputado por uma cidade, ou até governador de um estado.
“Mas na atualidade, com raras exceções, nota-se o seguinte: o pai é prefeito, o filho é deputado estadual e a mãe é vereadora. Vem a sucessão o pai volta para reeleição de prefeito, o filho volta para reeleição de deputado e mãe além de ser vereadora coloca outro filho para ser vereador. Eles se tornaram políticos profissionais do salário, mantendo-se dentro do poder, juntamente com a família. Formam um elo, onde o dinheiro público está sempre nas mãos de poucos”.
Mas a nova lei de responsabilidade fiscal, segundo Guina, vai fazer com que as coisas mudem, pois permitirá que qualquer homem de bem seja candidato a prefeito, desde que não haja tanta politicagem. Antes os homens públicos gastavam uma fortuna e depois retiravam dos cofres públicos.
“Agora tem de ser assim: se quiser votar vote. O compromisso tem de ser com o povo”.
“No dia que o empresário, um profissional liberal, um agricultor, um homem de bem da cidade, desde que não seja político profissional, decidir ser prefeito de Irecê, por exemplo, sabendo que só vai mandar quatro anos, sem reeleição, a coisa muda. Político profissional que não tem outra atividade não é político de verdade”.
“O político de responsabilidade, que tem a sua roça, que tem o seu mercado, seu açougue, o seu comércio, a sua vendinha, ele vai fazer a parte administrativa da prefeitura, da comunidade, mas também tem que cuidar dos bens dele. E o político profissional não. Ele quer o salário e a boa vida de ser político”.
Religião e família
Dotado de grande sentimento de amor por seu pai e sua mãe, Aguinaldo Oliveira Lopes – Guina – visita-os quase todos os dias. Além disso, mantém um relacionamento excelente com seus irmãos e cunhados.
“Roze, minha mulher é extremamente responsável. Além de cuidar da empresa dela, cuida também dos meninos”.
Bastante religioso, católico praticante, diz que não tem preconceito contra outras religiões e se receber o convite de qualquer uma delas, atende.
Quando a festa de São Domingos já estava entrando em plena decadência, em Irecê, ele se juntou com outros amigos e passou a trazer bandas de outras localidades, principalmente a de Morro do Chapéu.
“Sou católico, respeito todas as religiões, e o homem que tem uma igreja para rezar ou orar para Deus, se dá muito bem na vida, independente de religião. Todo dia 4 de agosto, chova ou faça sol, eu estou em Irecê, não viajo. Fico na festa de São Domingos. A festa de São Domingos é uma coisa que me lembra muito eu rapazinho em Irecê. Eu fui criado aqui”.
Futuro de Irecê
Segundo Guina, apesar de todo avanço de Irecê, há muitas coisas que precisamos aqui, principalmente na área de lazer. Na opinião de Guina, Irecê precisa com certa urgência de uma UTI e de resolver o problema da sinalização, uma falha que já vem dos prefeitos anteriores. Além disso, teria que asfaltar ou calçar todas suas ruas.
Irecê precisa também, segundo ele, resolver o problema da falta de água, sem contar unicamente com a água do subsolo, que pode acabar. Como exemplo, citou os Estados Unidos, onde se vê pivôs abandonados, porque a água do subsolo chegou ao fim.
Uma das soluções que apresenta para Irecê seria o governo mandar fazer um desvio para trazer água do Rio São Francisco para as áreas secas de Irecê, através de canais condutores de água, que possibilitaria a irrigação de 100 mil hectares na região. Irecê se transformaria em um oásis, uma Ribeirão Preto, de São Paulo:
“O boi daqui, na seca, come terra e engorda”.
“Cem mil hectares de irrigação em Irecê, vale mais do que trezentos mil hectares de irrigação em outros lugares, porque o custo de produção em Irecê é muito baixo. Além disso, se eu pudesse resolver o problema educacional, até um almoço eu daria para um aluno pobre ficar na escola. A criança que você educa, quando estuda, nunca vai dar trabalho. A criança, quando está na escola, só tem tempo para as brincadeiras e para o estudo”.
Enfim, além de Irecê, Guina diz ter um carinho especial por América Dourada, onde fez vários investimentos. Foi naquela cidade que encontrou Roze, a mulher de sua vida, com quem se casou e constituiu uma família.
MAIS:
Biografia de Aguinaldo Oliveira Lopes – Primeira parte
Biografia de Aguinaldo Oliveira Lopes – Segunda Parte
Biografia Hermenilson Ferreira Carvalho – Parte 4
Biografia Dr.Nobre / Manoel Nobre Filho – Parte 4
Biografia Hermenilson Ferreira Carvalho – Parte 5
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